quarta-feira, julho 12, 2017

Baywatch (2017)

Da icónica série dos anos noventa sobrou o título e o nome das personagens. Tudo o resto não passa de uma miragem, raramente homenagem, em forma de spoof pateta, previsível e preguiçoso - até uma simples cena de conversa em alto mar é filmada em fundo verde, num CGI amador que envergonharia qualquer YouTuber minimamente capaz -, com uma onda de piadas fáceis a navegar entre testículos e perineus. Não há alma - nem uns simples acordes do lendário genérico conseguem entrar nesta trapalhada de Seth Gordon -, não há talento - The Rock, Zac Efron e a nossa amiga Daddario conseguem fazer com que as desconhecidas Kelly Rohrbach e Ilfenesh Hadera pareçam actrizes de créditos firmados - e, muito menos, inteligência emocional em aproveitar as memórias de uma geração; sim, porque os cameos de Mitch e CJ são denunciados, estupidamente, logo nos créditos iniciais e, quando finalmente chega a sua hora, que desilusão sobre desilusão. Verdade seja dita, dificilmente haveria sequer outra forma de fazer este regresso funcionar. Mas parodiar todo um legado é faltar ao respeito a quem cresceu a gravar dezenas de cassetes VHS nos serões da TVI e descobriu o que era um orgasmo com as maminhas da Pamela Anderson. Too much? Desculpem, não pensei que chegassem até aqui.

1 comentário:

Os Filmes de Frederico Daniel disse...

Baywatch: Marés Vivas: 4*

É um filme bastante bom e gostei muito do que vi, não percebo todo o hate que isto tem tido.
É algo diferente da série, mas se não fosse assim seria uma cópia e algo repetitivo.
E teve ainda várias referências à série, cameos e nomes partilhados.
Cumprimentos, Frederico D.

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