domingo, março 11, 2012

Crazy, Stupid, Love (2011)

Cal Weaver (Steve Carell) é um quarentão a viver o sonho norte-americano: uma boa casa, uma situação económica feliz, dois filhos saudáveis e uma esposa fiel e dedicada. Ou, assim pensava ele, pois toda essa estabilidade vai por água abaixo no dia em que a mulher, inesperadamente, lhe pede o divórcio. Depois do trauma, Cal decide seguir a sua vida e, como solteirão, voltar à caça. Com um pequeno entrave no caminho: as suas técnicas de sedução estão absolutamente obsoletas. Nada que Jacob (Ryan Gosling), um desconhecido sedutor metrosexual que se propõe a ajudá-lo num bar, decide revolucionar o aspecto e a atitude de Cal, um pouco à sua imagem. Mas conseguirão várias paixões efémeras substituir um grande amor?

"Crazy, Stupid, Love" foi justamente considerada por várias publicações especializadas como uma das melhores comédias dos últimos anos. Co-realizado pela dupla Glenn Ficarra e John Requa ("I Love You Phillip Morris"), a razão de tal sucesso deve-se principalmente a três factores-chave: o guião surpreendentemente maduro - sem piadas baratas ou facilitismos cómicos - de Dan Fogelman ("Tangled" e "Cars"); a química quase magnética entre Carell e Gosling; e a imprevista queda para o humor deste último, um actor que esteve impecavelmente bem em todas as frentes que disputou recentemente - do drama ao romance, da comédia à acção. Todos estes trunfos fazem de "Amor, Estúpido e Louco" um filme tão divertido quanto melancólico, tão sofisticado quanto tradicional, tão fã de Woody Allen como de Judd Apatow. Como sabe bem uma comédia de adultos, para adultos, em que as únicas três dimensões que existem não precisam de óculos descartáveis: o sex-appeal de Gosling, qual Patrick Swayze em algumas cenas, a beleza clássica e refrescante de Emma Stone e o talento natural de Carell para nos fazer rir, sem precisar de se estupidificar.

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