domingo, agosto 28, 2011

Michael Muhney: O xerife de Neptune


A sua personagem era odiável. Mas um odiável que dava gosto de odiar. De nariz arrebitado e quase sempre sem resposta para a matreirice de Veronica, o Xerife Don Lamb foi muitas vezes uma peça fundamental no enredo da série, sendo um dos secundários regulares que acompanhou todo o elenco principal durante três temporadas. Simpático e afável, aceitou o convite da Take Cinema Magazine e concedeu-nos uma entrevista que, no entanto, custou a arrancar, com várias respostas mais curtas do que esperávamos. Até quebrar o gelo com as suas famosas últimas palavras na série.

Sempre quiseste ser actor?

Nem sempre. Só a partir do secundário.

O que é que fazes para te divertir quando não estás a trabalhar?

Gosto imenso de passear, leio e brinco com os meus filhos.

Como é que descreves o Xerife Don Lamb?

Uma desgraça andante.

As tuas últimas palavras na série foram tão inesperadas como brilhantes. Há alguma história curiosa por detrás desse diálogo?

Sim. Os produtores da série eram grandes admiradores da série televisiva M.A.S.H. Acho que houve uma vez em que uma personagem disse essa frase [n.d.r: Cheira-me a pão] quando morria e teve um significado especial para eles. Quiseram recriar a cena na série e eu fui o sortudo escolhido.

Quando é que descobriste o que ia acontecer à tua personagem? E qual foi a reacção inicial?


Quando descobri o que me ia acontecer, parei por um momento e pensei em todos os amigos e memórias que criei em três anos. Foi muito difícil.

Ainda manténs contacto com os teus colegas de elenco da série?


Sim, com alguns, mas também com pessoas da equipa de produção. O trabalho foi temporário mas algumas das amizades que lá fiz são para uma vida inteira.

Filme de Veronica Mars. É uma possibilidade real?

Por enquanto, não.

“Columbus Day” and “The Portal”: podes-nos falar um pouco sobre o teu papel em ambos os filmes que estão prestes a estrear?

Sou um detective que persegue a personagem do Val Kilmer em “Columbus Day” e sou um investigador científico que caça um vírus misterioso em “The Portal”.

E depois, o que se segue?

Esperançosamente… um novo projecto! Estou prestes a começar as gravações de um episódio piloto e desta vez espero que seja comprado. Não como o último que fiz.

De que realizadores és fã? E um, acima de todos os outros, com quem gostasses de trabalhar.

Tantos. Scorcese, Spielberg, Soderbergh, Whedon. Tantos realizadores fantásticos que poderia nomear. Adorava trabalhar com todos eles.

Que filme viste mais vezes na tua vida e qual foi a tua primeira paixoneta cinematográfica?

O filme foi o “Willy Wonka & the Chocolate Factory” e a primeira paixoneta a Elizabeth Perkins, no “Big”, com o Tom Hanks. Tinha uns dez anos.

Já estiveste em Portugal?

Ainda não. Ainda!

Três coisas que te saltam imediatamente à cabeça quando pensas em Portugal?

Mulheres bonitas, comida fantástica e uma cultura fenomenal.

Entrevista publicada na edição 12 da Take Cinema Magazine.

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