sexta-feira, setembro 04, 2009

Duplicity (2009)

Claire Stenwick e Ray Koval são dois espiões governamentais (ela americana, ele britânico) que após se conhecerem numa noite complicada no Dubai e reencontrarem-se alguns anos depois em Roma decidem abandonar o mundo da espionagem governamental pela bem mais lucrativa e menos perigosa espionagem corporativa. Alvo encontrado e com um plano sobre rodas, a sua missão é agora sacar um segredo milionário à principal concorrente de uma multinacional sedeada em Nova Iorque. Traindo ambos os lados da guerra e, quem sabe… um ao outro. Mas não será aquela faísca romântica entre ambos um problema quando se brinca com o fogo?

Clive Owen está como um peixe dentro de água no género e parece estar definitivamente destinado a interpretar de forma automática, mas imaculada, agentes secretos e espiões durante boa parte da sua carreira. Está na sua aura de galã, no seu olhar dominador e na química que facilmente cria com as suas “presas” – mesmo quando estas também caçam, como é o caso da personagem de Roberts. Se a isto se juntar a competência do regresso de uma actriz que já fez uma parelha fantástica com o britânico em “Closer”, de Mike Nichols, restava ao nova-iorquino Tony Gilroy – realizador de “Michael Clayton” – conseguir enquadrar num guião fluido e consistente uma história com várias reviravoltas e alguns ângulos narrativos possivelmente complicados para o espectador tradicional. Apesar de ter custado a arrancar durante os primeiros vinte minutos, “Duplicity” acaba por se tornar num thriller romântico simpático, híbrido e inteligente – mesmo tendo em conta os vários twists desnecessários -, dono e senhor de uma realização apetrechada e repleta de pormenores deliciosos, bem como de um elenco – Owen, Roberts, Wilkinson e Giamatti – que é como o algodão: não engana.

4 comentários:

triss disse...

Concordo com a "forma automática" da intrepretação do Clive, mas já discordo da parte "imaculada". Achei o filme uma estupada, o casal de actores sem química absolutamente nenhuma e a ausência de expressões faciais da Julia não ajudou em nada. Gostos.

dianamatias disse...

Fraquinho. Para além da falta de química entre os actores, às tantas não sei em que ponto do mapa estou, devido às sucessivas, alternadas analepses..

abidos disse...

Muito fraquinho.

Ainda por cima, mais uma vez erraram ao incluir no trailler, praticamente todas as cenas de acção, inclusive a cena final...

Tiago Ramos disse...

Ficou aquém das minhas expectativas. Julia Roberts está ligeiramente adormecida e deram pouco ênfase aos secundários Giamatti e Wilkinson. 2.5*

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