terça-feira, julho 14, 2009

Antevisão: Public Enemies


Um dos mais conceituados realizadores da indústria e dois actores de inegável talento adorados pelo público e pelas bilheteiras – falo, obviamente, de Depp e Bale – juntos num filme sobre mafiosos na década de trinta, altura em que rebentou nos Estados Unidos da América uma das mais graves ondas de crime da sua história. Na narrativa de Mann – acumula o guião à realização -, Bale é Melvin Purvis, um agente do FBI que persegue o mais famoso assaltante de bancos da época, John Dillinger (Depp), ele que revolucionou as famosas listas dos mais procurados do Bureau. A recentemente oscarizada Marion Cotillard assegura a habitual intriga amorosa da fita.

É uma das tendências recentes no cinema: o Verão já não pertence aos blockbusters per si, mas a Christian Bale. O ano passado com "The Dark Knight", este ano com "Terminator: Salvation" e este "Public Enemies". O actor que começou em criança com "Empire of the Sun" é, hoje, um dos nomes maiores de Hollywood e garantia de qualidade e retorno de investimento. O mesmo se pode dizer de Johnny Depp. A semelhança entre as carreiras de ambos é, aliás, evidente. Ambos começaram muito jovens no meio e construíram, alternando papéis artísticos e independentes com outros claramente comerciais, um estatuto de culto em volta da sua versatilidade interpretativa – tanto conseguem ser os maus da fita como os heróis com a mesma facilidade. Isto tudo sem terem precisado de conquistar um único galardão de renome.

Michael Mann, por sua vez, é o homem certo para protagonizar estes encontros de titãs na tela. Tal como o fez brilhantemente nos anos noventa com De Niro e Al Pacino – não serão Bale e Depp a dupla equivalente deste início de século?!? -, o multi-premiado realizador norte-americano é um dos mais exímios e equilibrados executantes de acção – a sua zona de conforto. Prova disso é que raramente deixa esta sobrepor-se ao argumento, usando-a como catalisador de emoções e reacções e não como resultado do esgotamento destas. O que faz é sempre respeitado pela crítica, mesmo que a bilheteira e as pipocas não o façam. Além disso, deve ser um dos realizadores com a maior quota de actores por filme nomeados para Óscares em Hollywood. Apenas mais uma prova de que os seus filmes são muito mais do que uma chuva de explosões e efeitos especiais. Obrigatório.

6 comentários:

F. disse...

Belo texto.

O filme é grandioso!

dianamatias disse...

pacientemente à espera!

lmlas disse...

Vénia a Mann ... E bem mais ansioso por ser de Mann do que por nele figurarem Depp e Bale...

Nuno Pereira disse...

Um dos meus cineastras de eleição!

Tenho grandes espectativas neste filme...

pseudo-autor disse...

Estou no aguardo aqui no RJ (estreia dia 24). O diretor é ótimo, o elenco é ótimo, o trailer é ótimo. Tem tudo pra ser um filmaço!

Fred Burle disse...

Não entendi, Miguel. Você diz que o filme é obrigatório, mas não ficou claro para mim se você já assistiu o filme. Se assistiu, onde assistiu? Já houve pré estreia no Brasil?

Quero muito assistir.

Abraço!

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