domingo, novembro 30, 2008

Musée et Chiens du Saint-Bernard


Muitos foram os museus que visitei nos últimos meses, um pouco por toda a Europa. Há um, no entanto, que entrou directamente para a minha lista de favoritos: o Musée et Chiens du Saint-Bernard. Porquê? Além de contar com alguns dos São Bernardos mais rechonchudos que eu alguma vez imaginei ver, tem uma sala totalmente dedicada à relação entre o cinema e a famosa raça de cães. Uma delícia.

Voltando à blogosfera, já está aberta, na barra lateral direita, a votação para o Globo de Prata CN para Melhor Blogue de Cinema/TV. Na votação anterior, destinada à eleição de Melhor Novo Blogue de Cinema/TV, o vencedor foi encontrado à justa - apenas um voto a mais do que o segundo classificado. No total, foram 73 os votantes.

sábado, novembro 29, 2008

O Título de 2009


"Two no-hopers. One cursed village. One hell of a night! Their women having been enslaved by the local pack of lesbian vampires thanks to an ancient curse, the remaining menfolk of a rural Welsh town send two hapless young lads out onto the moors as a sacrifice."

Estreia mundial a 20 de Março de 2009, no Reino Unido. Os responsáveis dizem que se trata de uma comédia ao estilo de "Shaun of the Dead". O Cinema Notebook ficará atento a novos desenvolvimentos, pois este está entre os favoritos para ser o filme fetiche deste estaminé por longos anos. Ou não!

sexta-feira, novembro 28, 2008

Antevisão: Yes Man


A interessante premissa faz lembrar, com as devidas distâncias, “Liar Liar”, um dos mais memoráveis êxitos de Jim Carrey nos anos noventa. Desta vez, em vez de estar impossibilitado de mentir, Carrey interpretará uma personagem que garante que conseguirá dizer “sim” a tudo o que lhe desafiarem, durante um ano inteiro. Um teste de fogo que poderá reacender de forma definitiva uma chama intermitente desde a década passada: a da veia cómica inconfundível de Jim Carrey.

Com algumas incursões semi-falhadas no género dramático – à excepção do muito amado “Eternal Sunshine of the Spotless Mind” -, o actor canadiano nada fez de marcante neste novo milénio, sendo que a situação é agravada quando nem sequer podemos dizer que fez algo “à Jim Carrey” nos últimos anos. Algo inovador no género que o catapultou. Alguns certamente estarão neste momento a refutar as minhas palavras, afirmando que “Bruce Almighty” é um bom filme. Não o desminto nem contradigo, mas o produto final, bom ou mau, resultou do poder de um argumento e de uma ideia forte e não da irascibilidade representativa de Carrey. A genialidade do “actor verde” – alcunha que resulta de papéis como Stanley Ipkiss ou Grinch – foi suprimida pela infinidade de caminhos possíveis tremendamente mais divertidos que poderiam ter sido escolhidos. Mas passado é passado e Carrey, independentemente da sua carreira recente, merece o crédito de uma década onde nos presenteou com filmes únicos como “The Mask”, “Dumb & Dumber”, “The Truman Show” ou “Man on the Moon”.

Baseado na biografia do humorista Danny Wallace, “Yes Man”, ao contrário do já referido “Liar Liar”, não terá qualquer elemento fantasioso no seu guião – ou seja, não será o desejo de uma criança que fará com que Carrey diga sim a tudo e todos. Será sim, como vários admiradores de Seinfeld já referiram, um conceito semelhante ao de um dos mais famosos episódios da série em que George, uma das personagens principais, decide, de um momento para o outro, fazer tudo ao contrário do que costuma fazer. Uma ideia com um potencial cómico de respeito, cujo papel principal parece ter sido criado para o Carrey dos anos noventa. Será que quarenta e seis anos na espinha e uma série de filmes menos conseguidos irão prejudicar a performance daquele que já foi considerado o rei da comédia moderna? Uma pergunta cuja resposta será dada perto do Natal – estratégia habitual nas comédias de Carrey -, num filme assinado por Peyton Reed, o mesmo que realizou os modestos “Bring It On”, “Down With Love” e “The Break-Up”.

quinta-feira, novembro 27, 2008

quarta-feira, novembro 26, 2008

Desafio: Como combater a fuga aos cinemas?


As salas de cinema portuguesas acolheram uma média de 41.216 espectadores por dia nos primeiros dez meses deste ano, o que traduz uma perda diária de 2.738 espectadores face a igual período de 2007, segundo dados divulgados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual. Ou seja, a cada ano que passa temos mais salas de cinema, mas menos espectadores. O que fazer para inverter esta tendência negativa?

terça-feira, novembro 25, 2008

Untraceable (2008)

Jennifer Marsh (Diane Lane) é uma agente que pertence à divisão de crimes informáticos mais eficaz dos Estados Unidos da América. Num dia como tantos outros, dá de caras com um assassino que cria um site indetectável – daí o título original – que transmite torturas sádicas e potencialmente mortais. Com um atraente emblema que o torna tão singular: as vítimas morrem tanto mais depressa quanto mais internautas visitarem o site.

Indetectável” é vítima e exemplo do “voyeurismo” que parece querer criticar com a sua premissa: cai em todos os lugares comuns do género, sem surpreender ou assustar o espectador por um único momento. O enredo desenvolvido por Gregory Hoblit – realizador do esplêndido “A Raíz do Medo” – é hipócrita nas suas bases, enfraquecendo-se com o passar dos minutos até se transformar em apenas mais um um produto oco e previsível sobre um hábil vilão que falha quando a vítima é a personagem principal. Destaque para a irrepreensível Diane Lane, que voltará ainda este ano às salas nacionais com “Nights in Rodanthe”.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Impressões de uma longa e turbulenta viagem


  • Estatueta dourada mais do que certa para Angelina Jolie, pela sua performance em "The Changeling", de Clint Eastwood. Chega de preconceitos relacionados com a sua vida privada: Jolie é uma actriz ímpar, sem igual.
  • Divertida a luta titânica entre três dos nomeados à categoria de "Melhor Novo Blogue", nos IV Globos de Prata CN. Ao fim de sessenta votos, a diferença entre os três mais votados é quase nula. Mais uns dias até tudo ficar decidido.
  • "The Invasion", com Nicole Kidman e Daniel Craig, é muito melhor do que eu pensava. E abre o apetite para descobrir o filme da década de cinquenta que lhe deu origem: "Invasion of the Body Snatchers". Às vezes é preciso reinventar uma obra para lhe dar o devido reconhecimento.

Eu até gostava dele...

domingo, novembro 23, 2008

O Crítico de Cinema no Séc.XXI


O que é um crítico de cinema e qual o seu papel na era da informação instantânea? Duas questões, entre muitas outras, que têm sido alvo de investigações e estudos minuciosos além fronteiras, mas que parecem passar despercebidas em Portugal, onde o desprezo e a desconsideração pela geração “internet” prevalece sobre as alterações profundas que esta questão provocou nos media norte-americanos. A verdade indesmentível é que, ano após ano, torna-se cada vez mais improvável que apareça algum jovem talento que faça da crítica de cinema a sua profissão, recebendo dividendos financeiros de tal paixão.

Mas o que diferencia então o assim chamado crítico profissional de cinema do analista amador que executa exactamente as mesmas tarefas para um blogue ou para um site especializado, sem as mordomias – que é como quem diz, visionamentos de imprensa ou material exclusivo das distribuidoras – destes e, em muitos casos, sem as mínimas condições para tal? Ninguém duvida, mesmo entre os mais velhos tubarões cinematográficos nacionais, que facilmente se encontram na blogosfera nacional internautas que escrevem e pensam a sétima arte de modo tão ou mais interessante do que estes últimos. Mesmo que não o reconheçam, como é costume.

Com a Internet, o crítico de cinema tradicional perdeu, um pouco por todo o lado, o seu estatuto divino. A sua opinião deixou de ser elitista – apesar de a personalidade em si ainda o ser -, para ser apenas mais uma entre milhares. O poder passou, justamente, de quem escreve para quem lê. Com a infinidade de opiniões sobre uma mesma obra à distância de um clique, o cinéfilo ou mero leitor curioso pode agora escolher aqueles em quem confiar. A credibilidade, o crédito e a confiança é dada pelo receptor, maioritariamente na base da comparação artística entre a sua opinião e a do transmissor. O background do crítico tradicional, certamente especializado na área, com provas dadas no ramo, deixa de ser um trunfo de fogo. Aliás, acaba por se tornar num feitiço perigoso para o feiticeiro. Isto porque o profundo conhecimento leva-o a dispersar-se nos seus julgamentos, levando a que o cinéfilo de ocasião não se identifique – ou não compreenda – a análise. E hoje, num período onde a desinformação prepondera sobre a informação, é mais importante saber do que se escreve do que escrever o que se sabe.

Várias outras questões relacionadas com este tema podem ser levantadas, neste momento, em Portugal. Para quando uma Associação Nacional de Críticos de Cinema, num país onde até existe uma entidade semelhante, para os críticos de Teatro? Num continente onde cada outra nação da União Europeia tem a sua? Um indicador cultural, como tantos outros – de repente, passa-me pela cabeça as inúmeras revistas de caça e pesca que existem contra uma única de cinema -, que indica que algo está mal nesta terra plantada à beira-mar. E nem me atrevo a questionar a razão pela qual a crítica de cinema profissional em Portugal é um ramo dominado quase exclusivamente pelo sexo masculino (quando nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 39% dos freelancers especializados em cinema são do sexo feminino e o rácio de críticas entre géneros é de 14 para 9).

Mas porquê tanta conversa? Será o crítico de cinema assim tão importante? Qual a credibilidade de uma esfera de opinião que considerou, na altura de estreia de Metropolis, de Fritz Lang, Blade Runner de Ridley Scott, Psycho de Hitchcock e Peeping Tom, de Michael Powell, apenas para citar alguns, filmes banais como tantos outros, mas que agora os tomam como obras-de-arte? Qual a influência de uma classe que, mesmo quando estrangula blockbusters como Homem-Aranha 3 ou o mais recente capítulo do herói clássico Indiana Jones, não retira qualquer espectador da sala de cinema, sendo prova disso os valores de bilheteira alcançados por ambos? Ou que, quando aplaude de pé uma obra como Grindhouse, não impede que a mesma passe despercebida nas salas de cinema norte-americanas? Independentemente do nosso juízo sobre a matéria, a única certeza que existe é que um bom crítico de cinema diz-nos muito mais sobre um filme do que um “gostei” ou “não gostei”. Sem complicar, mas também sem cair em facilitismos básicos, o crítico de cinema deve oferecer ao leitor um contexto de análise único a uma determinada obra, de forma inteligente e com uma perspectiva única, permitindo a este decidir se quer visionar, ou não, o filme em questão. Sem dogmas nem análises indiscutíveis. No debate cinematográfico, o que é a razão? E o que é a verdade?

Artigo publicado na edição de Novembro na Take Cinema Magazine

sábado, novembro 22, 2008

Natal rima com Casablanca


Voltei a acreditar no Pai Natal. Descubro hoje que, neste próximo mês de Dezembro, e a tempo de os colocar debaixo da árvore, chega ao mercado nacional de DVD "Chuck", um dos meus guilty-pleasures televisivos mais recentes, a terceira temporada de "Veronica Mars", pela qual aguardo há vários meses e, surpresa das surpresas, uma edição especialíssima de "Casablanca", com quatro - sim, eu disse quatro - discos a apenas 29,95€. Entre os extras, estarão certamente os que constam de uma edição norte-americana semelhante:

• Behind the Story
- Introduction by Lauren Bacall
- Commentary by film critic Roger Ebert
- Commentary by film historian/author Rudy Behlmer
- 1988 TCM special: Bacall on Bogart
- You Must Remember This: A Tribute to Casablanca [Bacall hosts this spellbinding backstage tour]
- As Time Goes By: The Children Remember
- Production history gallery

• Additional Footage
- Deleted scenes
- Outtakes
- Who Holds Tomorrow? Premiere episode from the 1955 Warner Bros. Presents series
- 1995 WB Cartoon: Carrotblanca

• Audio
- Scoring Stage Sessions
- Knock on Wood Alternate Version, Wilson with Piano
- As Time Goes By Part One Alternate Take, Wilson with Piano
- As Time Goes By Part One Film Version, Wilson with Piano
- Rick Sees Ilsa Instrumental Medley
- As Time Goes By Part Two Alternate Take, Wilson with Piano
- As Time Goes By Part Two Film Version, Wilson with Piano
- At La Belle Aurore Instrumental Medley
- Dat’s What Noah Done Outtake, Wilson with Piano
- April 26,1943 Screen Guild Players Radio Broadcast
• Trailers
- Theatrical trailer
- 1992 re-release trailer

• 1993 documentary: Jack L. Warner: The Last Mogul

sexta-feira, novembro 21, 2008

DVDcollections.co.uk


Uma pequena pérola de site que permite descobrir aqueles packs fantásticos que reúnem várias temporadas ou sagas completas a preços mínimos. Um fórum activo e actualizado que vai seguindo e informando sobre as últimas promoções bombásticas nas lojas online x, y ou z. E comparar tudo o que for preciso. DVD Collections é portal para guardar nos favoritos, se faz favor.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Sarah Palin: Uma proposta invulgar


Dear Governor Palin:

Please let this writing serve as an official request. In light of the recent election results, Cezar Capone Productions would like to make you a formal offer of $2,000,000 to star in an adult "MILF" production. I am sure you are unaware that Cezar Capone is the KING of all "MILF" films. This one time offer also guarantees that you can walk away from our beautiful set with a newer and sexier wardrobe to make up for the $150,000 worth of clothes you had to give back to the GOP. You may be asking yourself why you should even consider such a crazy proposition? The answer is simple; this film will be shot in high definition, and be a glossy, adult production starring a beautiful mother recognized by all of America as well as the rest of the world -the most desirable woman over 40! The film will be distributed internationally on DVD, as well as the website will reside on palinsupermilf.com Please do not take this offer in jest, as it is completely legitimate, we at Cezar Capone are prepared to put the money in escrow immediately. We have taken into consideration that there may be some hesitation to star in an adult production with male talent other than your husband so we are also prepared to kick in an extra $100,000.00 for your husband Todd to star in the movie with you, along with a brand new Arctic Cat snowmobile for him to sweeten the deal. We are anxiously awaiting your reply.

Sincerely, Cezar Capone

Fonte: The Coyote Report

quarta-feira, novembro 19, 2008

Take 9 - Novembro de 2008


O Poder da Ambição

Já dizia o militar inglês Oliver Cromwell no século XVII que “ninguém sobe tão alto como quem não sabe para onde vai”. O escritor francês Marcel Proust, por sua vez, afirmava que a ambição embriagava mais do que a glória. Posteriormente, o britânico George Eliot assegurava com esperança que nunca era tarde para sermos aquilo que sempre desejamos ser. É sobre a égide poética e persuasiva de quem um dia triunfou em panoramas bem mais adversos que o nosso, que a equipa multidisciplinar da Take continua a desbravar caminhos para muitos outros temerosos.

Desta vez, chegámos à conversa com Richard LeParmentier, nome que, em primeira instância, certamente nada diz ao leitor. No entanto, se eu segredar que LeParmentier entrou em sagas como as do Super-Homem, de James Bond ou Roger Rabbit, e que foi ele o Almirante Motti no mítico “Guerra das Estrelas”, talvez o seu espírito cinéfilo entre em choque com uma vaga recordação de uma cara que ainda hoje merece as mais variadas homenagens de culto. Mas não só: orquestramos um especial dedicado ao espião mais famoso do cinema e abordamos a filmografia presidencial de Oliver Stone, um realizador que foge desde o início da sua carreira às tendências de Hollywood, e que merece ainda destaque na nossa secção de culto.

E, juntos consigo, festejamos. Festejamos porque atingimos uma marca notável, que prova que não estamos nem nunca estivemos a descansar à sombra da bananeira no que diz respeito a satisfazer a nossa clientela: a Take já levou mais de mil (!) pessoas a antestreias exclusivas a convidados desde que lançou o seu número zero. Por falar em antestreias, estivemos presentes no São Jorge para acompanhar a de “Arte de Roubar”, filme português em inglês – parece absurdo mas a intenção de internacionalização tem que ser compreendida – de Leonel Vieira, com o experiente Nicolau Breyner e o promissor Ivo Canelas. E acompanhamos a chegada de “Ensaio sobre a Cegueira” a Portugal. Como vêem, e apesar de todos os obstáculos que enfrentamos mês após mês, não paramos de crescer. Porque quem não sente a ânsia de ser mais, não chegará a ser nada.

http://take.com.pt/

terça-feira, novembro 18, 2008

IV Globos de Prata CN - Nomeações Prémios dos Leitores


Mais um ano, mais uma edição dos Globos de Prata CN. Este ano, e tal como aconteceu no ano passado, as estatuetas a entregar à blogosfera nacional cinematográfica serão decididas pelos leitores e não por mim, que apenas decido as nomeações de acordo com um sistema pluridimensional de avaliação que envolveu factores como a actualização regular, a qualidade de escrita, a diversidade e variedade de temas abordados, a atenção dispensada pelo autor nos espaços dedicados a comentários, o design simples e atractivo ou a originalidade de assuntos, entre outros. Justas ou não - possivelmente não o serão -, as cinco nomeações finais para cada uma das categorias foram efectuadas de forma o mais imparcial possível, o que me levou inclusivamente a deixar alguns dos meus blogues e bloggers de eleição de fora. A votação estará disponível no menu lateral do Cinema Notebook, dividida nos seguintes períodos: até dia 27 de Novembro a de Melhor Novo Blogue, e de 28 de Novembro a 9 de Dezembro a de Melhor Blogue. Os vencedores de ambas as categorias serão anunciados no dia 10 de Dezembro. Nestes links (MNB e MB), podem recordar os nomeados e os vencedores da passada edição.

Os nomeados deste ano são:

Melhor Novo Blogue de Cinema/TV


CINEdrio: http://cinedrio.blogspot.com/
DVD Nacional: http://dvdnacional.net/
Cinema is my Life: http://cinemaismylife-fifeco.blogspot.com/
Close-Up: http://close-up.blogs.sapo.pt/
Ante-Cinema: http://ante-cinema.blogspot.com/


Melhor Blogue de Cinema/TV


Elite Criativa: http://elitecriativa.blogs.sapo.pt/
Royale With Cheese: http://cinephilus.blogspot.com/
TV Dependente: http://tvdependente.net/
Hotvnews: http://hotvnews.wordpress.com/
gonn1000: http://gonn1000.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, novembro 17, 2008

Tropic Thunder (2008)

Um conjunto de actores com tiques de estrela, o filme de guerra mais caro da história da indústria cinematográfica, um produtor tresloucado sem igual e um realizador que recusa-se a cancelar as filmagens de um projecto que parece amaldiçoado – e aqui é óbvia a ligação ao expoente máximo do género satirizado, “Apocalypse Now”. Estes eram os ingredientes que prometiam uma das comédias comerciais norte-americanas mais refrescantes dos últimos anos. Nada mais enganador, já que Ben Stiller acaba por transportar o filme, para grande infortúnio nosso, para os lugares comuns e banais a que tanto nos habituou.

É que “Tempestade Tropical” tinha mesmo tudo para ser um clássico de culto: uma premissa original e divertida, uma carrada de cameos e um estereótipo atribuído a cada personagem, tal como qualquer sátira decente costuma requerer. Para além disso, e trivialidade desconhecida pelo grande público, Stiller contava com Dale Dye na sua equipa, um militar de longos anos, já responsável pela preparação de combate dos elencos de obras como “Saving Private Ryan”, “Natural Born Killers” e “Platoon”. Para não falar de Downey Jr. – em voga neste Verão, depois do interessante “Iron Man” - enquanto personagem negra, elevando o metodismo ao cúmulo do surreal. Surrealismo delicioso, obviamente.

O que falha então em “Tropic Thunder”, uma obra que além de todos os pontos fortes previamente referidos, almejou um equilíbrio notável de espírito com uma banda sonora descontraída, uma cinematografia atraente, personagens sensacionais como Kirk Lazarus e Les Grossman – Tom Cruise é quimericamente genial em todas as suas cenas – e diálogos prazenteiros? Falhou a genialidade da premissa na sua conclusão patética e típica do humor sensaborão de Stiller. O feitiço virou-se contra o feiticeiro e tudo o que o realizador/actor satirizava até ao momento abateu-se no seu próprio guião. E quando assim é…

domingo, novembro 16, 2008

Impressões de uma ida ao cinema num domingo à tarde


  • O trailer de "Watchmen", que está actualmente em exibição nos cinemas portugueses, é das coisinhas mais fraquinhas que há memória. A expectativa já era reduzida. Agora roça a nulidade.
  • Porque não preencher os aborrecidos intervalos nas sessões de cinema com trailers de filmes a estrear futuramente? Sempre é melhor do que deixar os verdadeiros cinéfilos - aqueles que se interessam pela fita e não pela pipoquinha - a olhar para o tecto durante cinco ou dez minutos.
  • "Quantum of Solace" deixa muito a desejar quando comparado com "Casino Royale".

sábado, novembro 15, 2008

sexta-feira, novembro 14, 2008

Lord of War (2005)

Yuri Orlov (Nicolas Cage) nasceu na Ucrânia, antes da divisão da União Soviética, mas cedo emigrou com a família para os Estados Unidos da América, onde os seus pais abriram um restaurante e, desde logo, ensinaram-lhe uma valiosa lição: “Abrimos um restaurante porque as pessoas terão sempre de comer”, asseverou o seu progenitor. Depois de assistir a um tiroteio entre gangues de leste, Yuri apercebeu-se, no entanto, que há outra necessidade humana que precisa de ser satisfeita... e que talvez possa render uns trocos mais interessantes: o negócio de tráfico de armas. Apesar do perigo, Yuri convence o irmão Vitaly (Jared Leto) a juntar-se ao esquema e esse será o primeiro passo para a decadência de uma família cujos laços de sangue pareciam inquebráveis.

O Senhor da Guerra” é uma sátira dramática sobre o corrupto mundo do tráfico de armas. Cínica, precisa e, por vezes, raivosa, a película de Andrew Niccol – o tal que teve uma estreia auspiciosa com “Gattaca” – oscila entre o surrealismo burlesco do panorama que retrata e o dramatismo necessário para conferir ao argumento uma base sólida cinematográfica. Através do ponto de vista do “anti-herói”, brilhantemente interpretado por Nicolas Cage naquela que foi a sua melhor interpretação nos últimos anos, Niccol consegue passar a mensagem que pretende sem precisar de orquestrar um filme que caísse no registo documentarista habitual algo indolente. Uma provocação ao circuito comercial, que levanta questões importantes como o peso dos Estados Unidos da América no quadro político internacional.

quinta-feira, novembro 13, 2008

O pesadelo de qualquer cinéfilo

quarta-feira, novembro 12, 2008

Um TOP que eu gostaria de fazer um dia...


... mas não me arrisco, pois teriam que haver várias obras em primeiro lugar. Trata-se de Woody Allen, e o autor da proeza foi o incansável João Paulo Costa. É preciso ter coragem para dissecar a filmografia de um realizador que já conta com cerca de quarenta filmes na carteira. Talvez um dia, talvez um dia...

terça-feira, novembro 11, 2008

Festival World One Minutes em Lisboa


A Fundação Gulbenkian tem patente, no seu Hall de Congressos, até ao dia 7 de Dezembro, o Festival World One Minutes.Trata-se de uma iniciativa que apresenta vídeos com a duração de um minuto, que inclui cerca de mil trabalhos realizados por jovens artistas de 90 países. Os trabalhos são apresentados simultaneamente em 12 ecrãs.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Jovens Realizadores: Spike Jonze (II/II)

Queres Ser John Malkovich? foi uma pedra no charco em Hollywood. Ninguém duvidava do talento técnico de Jonze, mas nem os mais chegados acreditavam que o mesmo conseguisse surpreender – e conquistar - meio mundo com a sua estreia no mundo onde não existem barreiras nem fronteiras. Com um argumento singular e existencial de Charlie Kaufman – também um semi-novato no ramo na altura e amigo de longa data de Jonze -, Being John Malkovich era refrescante, único, inteligente e, acima de tudo, uma profunda meditação sobre a identidade, a fama e a realidade. E mais uma vez, no seu debuto, Jonze recebeu uma nomeação para às mais conceituadas estatuetas da indústria: a de Melhor Realizador para a Academia de Hollywood. Veio o mérito, os aplausos e... o casamento com Sofia Coppola, realizadora de The Virgin Suicides e Lost in Translation. Uma relação que duraria apenas quatro anos.

Em 2002, chegou aos cinemas Adaptation, o seu segundo e último filme até ao momento, mais uma vez fruto de uma colaboração com Kaufman. Como descrever Inadaptado? Usando as palavras de muitos: uma comédia que comove, um drama que faz rir. Uma nova investida existencial, com alma e criatividade, sustentada numa interpretação magnífica de Nicolas Cage enquanto... Charlie Kaufman e Donald Kaufman. Cooper levou o Óscar para casa, Cage, Meryl Streep e os Kaufman uma nomeação na carteira. Jonze esse, desiludido ou não por ter ficado de fora das escolhas dos jurados, voltou a dedicar-se à realização de videoclips, apostando por fora no cinema. Ou seja, a nível de produção. E de muita palermice e maluqueira, nas suas colaborações constantes com Johnny Knoxville, Steve-O e camaradas nas epopeias mentecaptas dos Jackass.

O futuro de Jonze na Sétima Arte tem, de momento, um epíteto: Where the Wild Things Are, a concretização de um desejo antigo de Jonze, com estreia prevista para os últimos meses de 2009. A adaptação de um clássico infantil de Maurice Sendak sobre um rapaz que cria o seu próprio mundo, onde é rei e senhor de todas as criaturas que lá existem. Pela primeira vez sem Kaufman como guionista – Jonze assume esse papel juntamente com Dave Eggers -, resta esperar que a longa espera traga frutos tão deliciosos como todos aqueles que Jonze já ofereceu aos cinéfilos deste planeta. Com Gandolfini e Catherine Keener, não há razão para claudicar.

domingo, novembro 09, 2008

Jovens Realizadores: Spike Jonze (I/II)

Adam Spiegel. Nome de nascimento de Spike Jonze, intimamente ligado a uma das famílias mais abastadas dos Estados Unidos da América. Cresceu em Washington com a sua mãe e a sua irmã – os pais divorciaram-se quando Adam era recém-nascido – e, pela altura do secundário, adoptou o nome que agora sustenta na sétima arte. Tudo para não ser reconhecido pelo seu apelido nas provas competitivas de BMX em que participava. Aos dezassete anos, e depois de terminar o secundário, mudou-se para Los Angeles, onde começou a trabalhar como editor assistente numa revista de desportos radicais. Em 1991, com vinte e um anos, fundou com alguns colegas a revista Dirt, hoje uma das publicações de maior sucesso entre o quadrante adolescente masculino norte-americano.

Sem licenciatura mas com um currículo impressionante aos vinte e dois anos, Jonze foi convidado para captar imagens de vídeo de skaters para o videoclip dos Sonic Youth “100%”. O primeiro passo para o inicio de uma paixão que pautou o seu futuro e a sua carreira profissional: o de realizador de vídeos de música. De Beastie Boys, a R.E.M, Puff Daddy, Chemical Brothers e Bjork, Spike Jonze rapidamente se tornou um dos mais conceituados realizadores do sector, arrecadando vários galardões, entre eles o de Melhor Realizador nos MTV Vídeo Music Awards, logo com o seu vídeo de estreia (Sabotage, dos Beastie Boys). Com o sucesso evidente na esfera musical, surgiram os convites para outros ramos: o da publicidade e o das curtas-metragens. Orquestrou campanhas para gigantes como a Nike, a Nissan e a Coca-Cola e ganhou alguns papéis secundários de interpretação em obras como The Game, de David Fincher, e Three Kings, onde contracenou com George Clooney, Ice Cube e Mark Wahlberg. Ao encerrar do milénio, fechou o seu primeiro contrato para realizar uma longa metragem. E que entrada de rompante viria a ser Being John Malkovich.

sábado, novembro 08, 2008

Cartazes Noir por Timothy Lim


Lim is an accomplished illustrator and his work has been published nationally in PSM, Dreamwave, and Image comics. Recently, he won Comics2Film’s Best Illustrator of 2005 award and was chosen to do illustrations for the Transformers newsletter in 2007. His most recent publication was in the Street Fighter Tribute Art Book. As of December 7, 2006, he has been voted Best Illustrator of 2006 and Best Traditional Artist by the Digital Concept Gallery at C2F. He resides in Little Rock, Arkansas and has studied abroad in France, Austria, and Disney World, Florida. Check out more of Lim’s art on Deviant Art. [F]

sexta-feira, novembro 07, 2008

A Nike aos olhos de David Fincher

quinta-feira, novembro 06, 2008

Citação da Semana (XXVII)


"Não uso desodorizante há 20 anos!".

Matthew McConaughey, em "Magazine El Mundo".

Mark Twain por Clint Eastwood


O homem não pára. Aos setenta e oito anos de idade, Clint Eastwood tem "Changeling", com Angelina Jolie, prestes a estrear, realiza e protagoniza o já aqui falado "Gran Torino" e já tem, em pré-produção, uma biografia de Nelson Mandela, onde Morgan Freeman terá o papel principal. Ontem, foi a vez do produtor Albert S. Ruddy anunciar que prepara com Eastwood um filme sobre Mark Twain, um dos maiores escritores que o mundo conheceu. Tudo com uma energia estonteante. Os cinéfilos agradecem.

quarta-feira, novembro 05, 2008

E a Eva Green, não?


O Estoril Film Festival vai trazer a Portugal o jovem actor Michael Pitt, que estará presente na gala de abertura do certame, no dia 14 de Novembro, pelas 22 horas, no Casino do Estoril. No dia seguinte, Michael Pitt estará na apresentação de "Os Sonhadores", de Bernardo Bertolucci, às 19:30, no Centro de Congressos do Estoril, juntamente com Louis Garrel, também actor no mesmo filme. [F]

terça-feira, novembro 04, 2008

Já está!

segunda-feira, novembro 03, 2008

Antevisão: "Arte de roubar"... a língua portuguesa?


Rodado em inglês, com actores portugueses e espanhóis, "Arte de roubar" é uma comédia de acção escrita por João Quadros sobre dois amigos, filhos de emigrantes, que fazem do roubo profissão e que acabam por cair numa cilada quando lhes é encomendado o roubo de um quadro Van Gogh. Ivo Canelas e Enrique Arce são a dupla de ladrões, liderando um elenco que inclui ainda Flora Martínez, Nicolau Breyner, Magui Mira, Miguel Borges e Soraia Chaves.

Admitindo ser "fã devoto" do cinema dos irmãos Coen ou de Quentin Tarantino, Leonel Vieira disse que sempre quis fazer este filme, mas foi preciso persistência: "Ninguém quis produzir este filme e a [produtora] Stoplin Filmes foi criada para causa dele", revelou o realizador, sublinhando que o projecto custou cerca de dois milhões de euros e contou com quase um ano de trabalho de pós-produção por conta de efeitos especiais. Lionel Vieira optou por rodar o filme em inglês por uma questão de facilidade de comunicação de um elenco internacional, mas também para melhor projectar a longa-metragem no mercado internacional. [F]

domingo, novembro 02, 2008

Está quase...

sábado, novembro 01, 2008

Desafio: Qual o vosso "Epidemic Movie" favorito?


Quando "Blindness", de Fernando Meirelles e José Saramago, está aí a chegar, um desafio impõe-se no Cinema Notebook: qual o vosso "epidemic movie" favorito? De "28 Days Later", a "I am Legend", passando por "Outbreak", "Dawn of the Dead", "Shaun of the Dead" ou "Children of Men", as hipóteses são consideráveis. E a vossa opinião é que conta.