quinta-feira, julho 31, 2008

Jovens Realizadores: Neil Marshall (I/II)

Com escassos trinta e sete anos de idade e apenas duas longas-metragens no currículo, Neil Marshall é a prosopopeia cinematográfica do mais comum admirador cinéfilo do submundo do terror, demonstrando já habilidades que ainda não o colocam como o monarca excelso do género, mas sem demora como filho primogénito e herdeiro presuntivo da coroa. E assim o é porque, além do talento inato que evidenciou em “Lobos Assassinos” (2002) e “A Descida” (2005) - que o coloca, sem receios nem grandes mistérios, neste espaço - denota uma ingénua modéstia e simplicidade interpessoal, tão notável como incomum para um realizador que já possui o seu estatuto na indústria. O seu site oficial manhoso e extraordinariamente pessoal, feito por si próprio como qualquer jovem cinéfilo sem meios ou recursos o faria no My Space, e onde interage regularmente com os visitantes em salas de conversação ou nos espaços destinados a comentários, é a prova definitiva que estamos perante uma individualidade com um carácter raro e firme.

Espectacularmente claustrofóbico, Marshall tem mostrado que consegue abordar, obra após obra, a escuridão e alguns outros pavores psicopatológicos triviais de uma forma híbrida – terror, suspense, drama e até comédia - e inovadora. Influências óbvias da elegante e, quem diria, comercial diversidade cultural que o apaixonou pela Sétima Arte, que o leva a afirmar sem qualquer problema que Indiana Jones é o seu herói, “24” e “Battlestar Galactica” as suas séries preferidas, “Veio do Outro Mundo”, “Die Hard: Assalto ao Arranha-Céus” ou “Regresso ao Futuro” alguns dos seus filmes favoritos e que o seu próximo trabalho, “Doomsday”, com estreia mundial marcada para este mês de Março, é uma homenagem pura e dura ao seu realizador de eleição, John Carpenter, e ao seu “Nova Iorque 1997”. Até aqui, nas suas banais escolhas que se confundem com as de milhões, Marshall testemunha um escape à pseudo-intelectualidade que cada vez mais parece ser condição determinante para a afirmação e o sucesso de qualquer aspirante recente a comandante de fotogramas.

N.d.r: Artigo publicado em Fevereiro na Revista Take.

quarta-feira, julho 30, 2008

Marketing Sensorial nos Cinemas Portugueses

É já amanhã, 31 de Julho, que a Dove e a +Cinema vão lançar a primeira campanha de publicidade com recurso ao marketing olfactivo, em dez salas de cinema portuguesas - Lisboa, Porto, Cascais e Albufeira. Como se pode ler na Meios & Publicidade, o marketing sensorial pretende funcionar como veículo para aumentar o envolvimento dos espectadores com as marcas, sendo o olfacto o sentido que mais rapidamente atinge o cérebro e o que mais fortemente se encontra ligado às emoções. Quem por acaso presenciar uma destas acções, está convidado a deixar aqui o seu testemunho.

terça-feira, julho 29, 2008

Será que Batman irá afundar Titanic?

Dez dias, 314 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos. São vários os recordes de bilheteira que "The Dark Knight" já bateu, mas há um, acima de todos os outros, que começa a ser falado um pouco por todo o lado: será que a onda avassaladora de "O Cavaleiro das Trevas" irá destronar os 600 milhões de dólares de "Titanic" na box-office norte-americana, agarrando assim o recorde dos recordes? Por outro lado, "The X-Files: I Want to Believe" arrecadou uns míseros 10 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia, sendo vergonhosamente - tendo em conta o orçamento do filme - ultrapassado por "Step Brothers" e "Mamma Mia!". É caso para dizer que... ninguém acreditou em Scully e Mulder.

segunda-feira, julho 28, 2008

Cartazes - Gossip Girl


Uma semana de muito trabalho a nível profissional resultou em seis dias de ausência da blogosfera nacional. Se há coisa que me enerva cada vez mais, é olhar para o meu blogue e não o ver actualizado. Pior do que isso: deixar os meus leitores sem resposta. Não garanto que tal razia não volte a acontecer, mas prometo que farei o meu melhor para manter este estaminé minimamente interessante. Para compensar a lacuna temporal, aproveitei para reciclar alguns artigos publicados originalmente na Take e coloquei-os aqui no Cinema Notebook. Infelizmente, ao fim deste tempo todo sem colocar cá os pés, deparei-me hoje com a estranha ausência das minhas listagens de blogues favoritos aqui na barra lateral direita. Os meus ricos blogues, como diria alguém do Jet Set nacional. Não sei o que fazer nem para onde me virar. Preciso de tempo para colocar tudo em ordem uma vez mais. Até lá, as minhas mais sinceras desculpas a todos aqueles que "desapareceram".

domingo, julho 27, 2008

Jovens Realizadores: Jason Reitman (II//II)

Por isso mesmo, Jason decide pegar num dos seus livros favoritos e adaptá-lo de forma pessoal para a sua estreia nas longas-metragens. “Thank You for Smoking” – assim se chamava o livro de Christopher Buckey – atravessa uma longa odisseia de negociações pelos direitos da adaptação cinematográfica e só passados quatro anos é que a Warner Brothers dá luz verde a Reitman para avançar. Com apenas cinco milhões de dólares de orçamento, mas com a participação de um elenco de luxo – Aaron Eckhart, Katie Holmes, Maria Bello e William H. Macy -, Reitman conquista o Festival de Cinema de Toronto, entre outros, e abraça duas nomeações importantes para os Globos de Ouro. Mas “Obrigado por Fumar” estava envolto em polémica: primeiro, nos tribunais, onde a Fox Searchlight e a Paramount Classics asseveravam ter os direitos da película. Depois, por uma das cenas cruciais do filme – uma de sexo entre Holmes e Eckhart – ter desaparecido da fita original exibida nos festivais em comparação com a que estreou nos cinemas, por suposta influência de Tom Cruise. A controvérsia foi tanta que... ninguém quis perder o filme e este arrecadou, só nos Estados Unidos, cerca de cinco vezes o seu custo.

Este ano chegou a confirmação. Com “Juno”, um filme detentor de um coração enorme e de uma alma arrebatadora, que fixa o seu engenho em articular diálogos deslumbrantes com um harmonioso fluir cómico-dramático amadurecido e prudente, Jason Reitman é glorificado pela crítica – Roger Ebert considera “Juno” o melhor filme do ano – e pelo público. Nomeado para os Óscares da Academia – onde perdeu para a concorrência feroz dos irmãos Coen - “Juno” transforma-se em poucos meses no filme mais rentável em termos de custo-proveito da história recente de Hollywood. E Reitman, nas bocas de todo o mundo, num dos realizadores mais requisitados da indústria. Apesar disso, o futuro de Reitman é hoje incerto. Mas, conhecendo-o como o conhecemos, tal acontece por sua própria vontade. Eu cá espero o tempo que for preciso por um bom filme de Reitman. E o que não lhe falta são muitos anos pela frente.

N.d.r: Artigo publicado na Revista Take.

sábado, julho 26, 2008

Jovens Realizadores: Jason Reitman (I//II)

Filho do célebre realizador eslovaco Ivan Reitman, responsável por clássicos da comédia como “Ghostbusters” (1984), “Twins” (1988) ou “Junior” (1994), Jason Reitman é, aos seus trinta anos de idade, um dos mais promissores realizadores norte-americanos da actualidade. Nascido na cidade de Montreal (Canadá), Jason foi criado na Califórnia, junto de Hollywood, devido à caprichosa carreira cinematográfica do seu progenitor. Com uma paixão enorme pela Sétima Arte, aos quinze anos decide, juntamente com uns colegas de secundário, filmar um anúncio escolar sobre a SIDA, usando os materiais de realização do seu pai. A inocente produção ganha asas - passa inclusive numa televisão pública - e Reitman e colegas são inesperadamente premiados com várias distinções de renome. De um momento para o outro, Jason recebia chamadas de velhos colegas do seu pai, que se demonstravam disponíveis a participar em futuros projectos do miúdo maravilha. Jason, pouco iludido com o momento e com receio de que todo o louvor fosse obra do pesado apelido que carregava consigo, respeitosamente rejeitou. E, renegando o seu talento e a vontade dos seus pais, vai três anos mais tarde para a Universidade de Nova Iorque estudar medicina.

No entanto, nada corre como planeado e Reitman não consegue concluir com sucesso o seu primeiro ano lectivo académico. Desiludido, volta para Los Angeles e ingressa numa conceituada escola de cinema, onde escreve, realiza e interpreta “Operation”, a primeira curta-metragem da sua carreira. Continua os estudos e na viragem do milénio dirige “In God We Trust”, uma pequena pérola artística repleta de boa disposição e tremendamente eficaz na criação de espaços funcionais narrativos – os mais curiosos podem encontrá-la no serviço Google Videos. Sem surpresas, conquista inúmeros prémios em vários festivais independentes de cinema e é convidado para trabalhar numa empresa de publicidade, onde acabará por orquestrar anúncios para a Heineken, BMW, Nintendo, General Motors ou Burger King, entre outros. Com vinte e poucos anos, começam a chover propostas de várias produtoras para Reitman considerar a realização de uma longa-metragem. Sereno e sensato como sempre, chega a recusar um alvitre milionário por “Dude, Where’s My Car?”. Jason queria, tal como o pai, deixar uma marca única e particular nas suas obras. A fita de estreia seria fundamental para a sua credibilidade na indústria.

N.d.r: Artigo publicado na Revista Take.

sexta-feira, julho 25, 2008

Dextermania

quinta-feira, julho 24, 2008

Jovens Realizadores: James Wan (II/II)

Da aposta arriscada nasceu uma das franchises mais rentáveis do novo milénio. Com um orçamento limitadíssimo de um milhão de dólares, repartido quase na totalidade entre os nomes mais sonantes do elenco – Danny Glover, Cary Elwes e Monica Potter, contratados para dar alguma credibilidade ao filme -, “Saw” acabou por render, apenas nos cinemas, mais de cem milhões de dólares em todo o mundo. Mundo esse que se exaltou com um psicopata sem igual, que orquestrou um verdadeiro puzzle sangrento em contagem decrescente. Com nomeações – entre elas a do Fantasporto para Melhor Filme -, prémios e elogios a aparecerem dos quatro cantos da indústria, Wan rapidamente se tornou num dos nomes mais apetecíveis no mercado. Mas audaz e sensato como sempre, sabia que o seu próximo passo seria fundamental para a sua afirmação e reputação.

Por isso mesmo, recusou a realização das sequelas de Saw e só três anos mais tarde voltou ao grande ecrã com “Dead Silence”, um filme que revisitou os ventríloquos que o haviam enamorado enquanto criança. E mesmo sendo este um conceito visto e revisto no género, James Wan conseguiu surpreender a audiência com um twist final absolutamente inesperado. Infelizmente, a distância que a ideia central do filme oferece à realidade, fez com que a obra não atingisse o impacto emocional e reactivo de “Saw”. Como consequência, a dúvida instalou-se: seria Wan apenas fogo-de-vista?

A resposta veio juntamente com “Death Sentence”, um thriller de vingança onde Kevin Bacon assiste à morte do filho e decide fazer justiça pelas próprias mãos. Inspirado no estilo gráfico da década de setenta e em “The Crow”, um dos seus filmes favoritos, Wan constrói como poucos uma personagem guiada pela raiva, multi-facetada, num registo real e violento, onde as armas não são motivo de diversão para a plateia, mas de angústia. Com um par de cenas executadas na perfeição – como a da perseguição a pé no parque de automóveis -, “Death Sentence” peca apenas pelo seu final desinspirado, que contraria e arrefece a restante fita. No entanto, com trinta e um anos de idade, as dúvidas ficaram desfeitas: Wan não é mais uma incógnita.

N.d.r: Artigo publicado na revista Take.

quarta-feira, julho 23, 2008

Jovens Realizadores: James Wan (I/II)

Nascido na Malásia em Fevereiro de 1977, James Wan emigrou ainda miúdo, juntamente com os seus pais, para Melbourne, na Austrália. E foi já por terras australianas que Wan foi pela primeira vez ao cinema, com sete anos, para dar uma olhadela a uma das obras mais assustadoras da história do cinema. Nada mais nada menos do que Poltergeist, de Tobe Hooper – o que é que é feito dele, já agora? – película que o apaixonou por bonecos, fantasmas e palhaços assustadores e que deu origem à sua fixação pelo horror, pela arte de assustar o espectador, deixando-o inquieto e desconfortável nas noites que se seguem, na sua própria cama. Estranhamente viciado no género, e com o apoio da mãe - que também era uma aficionada pelo pavor atroz da arte -, começou a organizar, na sua própria casa, sessões de filmes de terror, que o deleitavam durante horas e que acabaram por influenciar a sua vida e a sua carreira.

Confesso admirador de David Lynch e de Dario Argento, ingressou alguns anos depois na “Royal Melbourne Institute of Technology”, uma das mais conceituadas escolas de Cinema e Comunicação Social do país. Sendo o mais jovem aluno do seu curso, Wan era olhado pelos professores e colegas como um prodígio misterioso, cujo talento e engenho quebravam barreiras, através de várias curtas-metragens premiadas nos mais distintos festivais australianos. Com alguma notoriedade adquirida no meio, foi convidado para realizar vários anúncios televisivos. No entanto, acabou por ser o factor cunha, tal como o próprio reconhece, que o atirou para as bocas do mundo. Isto porque depois de vários investidores australianos – inclusive o próprio Ministério da Cultura - terem recusado financiar um projecto algo gore com o nome “Saw”, foi uma conhecida de Wan, que acabou por se tornar na sua agente, que contactou um colega em Los Angeles e deu-lhe a conhecer o guião. E em nome da amizade, lá surgiu uma luz no fundo do túnel.

N.d.r: Artigo publicado na revista Take.

terça-feira, julho 22, 2008

Desafio: Bat Mobile ou Bat-pod?

segunda-feira, julho 21, 2008

domingo, julho 20, 2008

Especial Sexo e a Cidade - Curiosidades (IV)


Devido aos ataques terroristas do 11 de Setembro, imagens das Torres Gémeas que apareciam no genérico de “Sexo e a Cidade” foram substituídas por representações do Empire State Building a partir da quarta temporada?

“Sexo e a Cidade” foi parodiado pelos Simpsons, no episódio “Nookie in New York”?

O videoclip de “Girl”, das Destiny’s Child, é uma homenagem à série?

Na série “Will and Grace”, no episódio “No Sex ‘n’ the City”, Jack afirma que chorou que nem uma criança no episódio final de “Sexo e a Cidade”?

A tagline da série lésbica “The L Word” – “Same sex, different city” - é também ela uma homenagem a “Sexo e a Cidade”?

A Entertainment Weekly distinguiu “Sexo e a Cidade” como a quinta melhor série televisiva dos últimos vinte e cinco anos?

Quando tudo começou, Carrie falava directamente para o espectador, olhando-o nos olhos e inquirindo-o sobre o tema abordado no episódio? Aliás, no episódio piloto, também Miranda e Charlotte o fizeram. Este estilo foi abandonado no terceiro episódio da segunda temporada.

A quinta temporada só teve oito episódios devido à gravidez de Sarah Jessica Parker?

Cynthia Nixon (Miranda) é loira e teve que pintar o cabelo de ruivo para ser aceite no elenco?

Sarah Jessica Parker descobriu que estava grávida durante as filmagens do duplo episódio final da série?

A última palavra pronunciada na série é “Fabulous”?

Existem visitas guiadas de autocarro em Nova Iorque aos locais mais comuns de “Sexo e a Cidade”?

Kim Catrall recusou por duas vezes o papel de Samantha Jones? Felizmente, o seu namorado – e produtor da série – lá acabou por a convencer a entrar no episódio piloto.

Todos os brincos usados por Cynthia Nixon na série eram falsos? A actriz nunca furou as orelhas e recusou-se a fazê-lo para a série.

O episódio em que Matthew McConaughey entra, foi escrito para Alec Baldwin e, posteriormente, para George Clooney? O primeiro recusou e o segundo, apesar de interessado, acabou por não conseguir participar.

Chris Noth (Mr.Big) é a única personagem além das quatro amigas que aparece tanto no primeiro como no último episódio?

sábado, julho 19, 2008

Duas imagens, mil palavras.


IMDB.com


RottenTomatoes.com

sexta-feira, julho 18, 2008

Especial Sexo e a Cidade - Os 3 Melhores Episódios (III)

I Heart New York (Quarta Temporada) - O episódio final da quarta temporada de “Sexo e a Cidade” foi uma das mais belas cartas de amor que Nova Iorque recebeu após o 11 de Setembro de 2001. Depois de acabar com Aidan, Carrie e Big dançam ao som de “Moon River”, passeiam pelo Central Park e disfrutam da beleza nunca antes notada da cidade que nunca dorme. Miranda entra em trabalho de parto, Samantha finalmente apaixona-se mas vê o feitiço virar-se contra a feiticeira e Charlotte divorcia-se. Tudo num único episódio, que termina com uma narração brilhante: “São os nossos erros que traçam o nosso destino”. Uma pérola.

One (Sexta Temporada) - O episódio em que a gélida Miranda finalmente deixa cair a máscara de insensível que a protegia de desilusões e diz a Steve que o ama, no primeiro aniversário do filho de ambos. Apesar de focar alguns aspectos de outras personagens – como a gravidez de Charlotte ou o primeiro beijo de Carrie a Petrovsky -, este é um episódio totalmente dedicado a Miranda e o momento alto da personagem em cerca de noventa e quatro episódios. Contextualizado na série, “One” marca uma ruptura abrupta na personalidade até então construída de Miranda.

An American Girl in Paris (Sexta Temporada) - O episódio duplo que encerra uma das mais amadas e respeitadas séries da história da televisão norte-americana. Seria incoerente tentar resumir o fim de uma geração em cinco ou seis linhas, com dois ou três tópicos rápidos que não fariam justiça à beleza e ao sentimento que fica após “An American Girl in Paris”. Por isso mesmo, deixo-vos uma simples citação de Mr.Big que o faz na perfeição, em poucas palavras: “It took me a really long time to get here, but I’m here. Carrie, you’re the one!

quinta-feira, julho 17, 2008

Especial Sexo e a Cidade - As Personagens (II)

Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) - Se não fosse injusto afirmar que havia uma personagem principal numa série onde quatro brilham com igual intensidade – apesar de o fazerem de formas diferentes -, seria Carrie a eleita de tal distinção. Isto porque além de ser esta a narrar todos os episódios, estes baseiam-se na sua coluna semanal no jornal fictício “The New York Star”. Com um gosto único e particular pela moda, Carrie é a criadora do eixo central de debate de cada episódio, usando a sua experiência e as vivências das suas amigas como inspiração. Com uma paixão tresloucada por sapatos, o seu pequeno apartamento, com apenas um quarto mas muita roupa, bem como o seu portátil, são peças-chave ao longo dos quase cem episódios. Ao fim de algumas temporadas, Carrie reúne as suas colunas num livro e começa a escrever alguns artigos para a Vogue e para a New York Magazine. Apesar de várias relações aparentemente sérias, o seu destino tinha um único nome traçado: Mr.Big. Mas muitos foram os percalços até aquela mensagem no episódio final de uma era.

Samantha Jones (Kim Cattrall) - Samantha é a mais velha do grupo, a única na casa dos quarenta – a sua idade certa nunca é desvendada... até ao filme. Sedutora maníaca, o sexo “como um homem”, sem preocupações nem sentimentalismos, é o seu passatempo favorito. Empresária de sucesso na área das Relações Públicas, Samantha é confiante, atrevida, não tem papas na língua e considera-se uma “try-sexual”, ou seja, experimenta tudo e todos na cama pelo menos uma vez na vida. No entanto, é talvez a mais leal amiga do grupo e isso mesmo ficou provado por várias vezes, quando se recusa a julgar as más acções de Carrie e oferece-lhe apoio, tenha esta razão ou não. Mas voltemos à sua característica fundamental: o apetite sexual desmesurado e a sobreposição do prazer físico sobre a relação emocional estável. Samantha foi talvez o mais importante trunfo que os produtores tiraram da manga para conquistar uma audiência masculina, inicialmente desconfiada do produto televisivo da HBO. Ao contrário das mulheres, os homens funcionam por estímulos e a glamorosa e selvagem Samantha personifica todos eles, ao ponto de afirmar que tem “centenas de almas gémeas”. Nem uma artista lésbica chamada Maria escapou. Na sexta e última temporada, é-lhe diagnosticado um cancro e essa experiência altera por completo a sua visão e perspectiva da vida e do amor, dedicando-se então a uma relação duradoura com o jovem modelo e actor Smith Jerrod.

Charlotte York (Kristin Davis) - Charlotte trabalha numa galeria de arte e é, no sentido mais tradicional do termo – se é que ele existe -, a mais normal das quatro raparigas. Conservadora – em total oposição a Samantha - e optimista, acredita no amor eterno e no casamento. Romântica por natureza, passa parte da série a procurar pelo seu “príncipe encantado” e é ela quem muitas vezes coloca regras nas discussões sexuais das amigas. Depois de casada, deixa de ser tão exemplar nas conversas e dá a conhecer algumas atitudes que acabam por surpreender todos aqueles que a conhecem. Aluna digna das melhores escolas, Charlotte era licenciada em História da Arte com nota máxima mas sem que isso a impedisse de ter sido também rainha do baile, presidente da associação de estudantes, capitã de uma equipa desportiva da universidade e modelo fotográfico. O seu contraste de personalidade com as restantes personagens foi provavelmente o motivo maior das mais sonoras gargalhadas que “Sexo e a Cidade” nos ofereceu durante seis longos anos.

Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) - Miranda é talvez a menos consensual personagem da série. Austera e focada na sua carreira profissional, Miranda é uma viciada em trabalho que não acredita no amor. Advogada, é a confidente e melhor amiga de Carrie, a primeira a ser apresentada no episódio piloto da série. Nas primeiras temporadas ganha contornos de mulher impossível mas acaba por “amolecer” com o passar do tempo – e com a sua gravidez totalmente inesperada com o namorado de então, e futuro marido, Steve Brady. O nascimento de Brady Hobbes levanta questões importantes na sua vida mas Miranda lá acaba por conseguir equilibrar a sua carreira com o facto de ser mãe. Das quatro cosmopolitas, é a primeira a comprar o seu próprio apartamento, sem rendas nem alugueres, bem perto da casa de Carrie.

Mr.Big (Chris Noth) - Milionário, charmoso, atraente, admirador de Jazz e bem-humorado. Mr.Big podia muito bem ser considerado o homem de sonho de qualquer mulher. Logo no primeiro episódio da série, deixa isso bem claro quando arrefece por completo os anseios sexuais e afrodisíacos de Samantha, que de charuto na boca, lhe faz uma proposta irresistível. Mas não há belo sem senão e Mr.Big nunca sabe bem o que quer da vida. A sua insegurança em aceitar uma relação inabalável acaba por levar Carrie ao desespero e é a principal razão de muitas das suas crises. Durante a série, acaba mesmo por casar... mas com Natasha, uma rapariga muito mais nova do que Carrie. Separações, reatamentos e pequenos flirts à parte, Mr.Big acaba por perceber no último episódio que a vida sem Carrie não faz sentido e é nesse mesmo episódio que descobrimos pela primeira vez o seu nome: John. O nome completo acaba por ser revelado no filme que recentemente estreou em Portugal.

Steve Brady (David Eigenberg) - Steve aparece pela primeira vez na série durante a segunda temporada e apesar da sua mãe alcoólica, foi o mais equilibrado e sensato de todos os homens que entraram em “Sexo e a Cidade”. Com Miranda, têm um filho na quarta temporada, casando-se posteriormente no final da sexta época. Sensível e honesto, acaba por desiludir tanto Miranda como os fãs da série na adaptação cinematográfica da série. Mas é bom relembrar que as culpas nunca morrem sozinhas.

quarta-feira, julho 16, 2008

Especial Sexo e a Cidade - Introdução (I)

Quem não reconhecer que “Sexo e a Cidade” foi um dos produtos televisivos de maior impacto na cultura pop norte-americana das últimas décadas, das duas, uma: ou tem um ódio visceral à série, que lhe veta um julgamento imparcial, ou… nunca viu as aventuras de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda com a atenção merecida. Com mais de cinquenta nomeações aos Emmy – e tendo subido ao palco por sete ocasiões – e vinte e quatro para os Globos de Ouro – arrecadou oito -, “Sex and the City” contou com um total de seis temporadas, transmitidas no canal de cabo norte-americano HBO entre 1998 e 2004.

Com a magnífica e esplendorosa cidade de Nova Iorque como pano de fundo, – e, porque não, como personagem secundária – o conceito da intriga foca-se nas relações quotidianas de amizade entre quatro amigas cosmopolitas, que partilham entre si segredos, desejos, obsessões e discussões que abordam assuntos tão multidisciplinares como o sexo, a homossexualidade, parceiros múltiplos, facadinhas e o papel das mulheres nas sociedades contemporâneas. Baseada no trabalho enquanto jornalista da escritora Candace Bushnell – que afirmou em variadas entrevistas que Carrie Bradshaw era o seu alter-ego na série e por isso mesmo partilhavam as mesmas iniciais -, “Sexo e a Cidade” enquanto série de televisão foi o exemplo moderno e quase perfeito de uma comédia sexual adulta, que sempre soube transformar qualquer aparente futilidade em episódios suculentos de vinte e poucos minutos.

terça-feira, julho 15, 2008

The Happening (2008)

Central Park, Nova Iorque. De um momento para o outro, numa manhã como tantas outras, os transeuntes ficam imóveis, disléxicos e demonstram fatais impulsos suicidas. Os mais simples objectos – olhemos para o primeiro acto irrevogável da fita, em que um gancho de cabelo serve de forma exemplar para passar a mensagem chave da premissa – transformam-se em meios eficazes de auto-flagelação. A explicação parece óbvia: os Estados Unidos estão a ser alvo de um ataque terrorista biológico. Mas serão as razões deste “acontecimento” assim tão lineares?

O Acontecimento” é, para o bem e para o mal, um espelho fiel da condição actual do seu realizador. Isto porque o indiano M. Night Shyamalan é, desde “A Senhora da Água”, um enigma de altas expectativas amado por uns e odiado por outros – principalmente pela crítica norte-americana -, que consegue sempre, para o bem ou para o mal, surpreender até o mais experiente dos cinéfilos. A Shyamalan não pode mesmo ser negado aquele toque mágico e talentoso que o confere uma característica cada vez mais rara, mas ainda muito apreciada em Hollywood: a da imprevisibilidade criativa. Sucessor genuíno do suspense de Hitchcock, o responsável pelos magníficos “Sexto Sentido”, “O Protegido” ou “A Vila” é um artífice magistral na cadeira de realizador – consegue orquestrar através de planos tão vulgares e ingénuos um sentimento tremendo de terror e desconforto – mas demonstra recentemente falhar por completo enquanto guionista, lascando de forma entorpecida as personagens, os diálogos e uma construção narrativa firme e irrepreensível.

Assim, em “The Happening”, Shyamalan sugere e promete muito, mas acaba por oferecer quase nada. O estilo e o engenho do indiano dominam e sobrepõem-se sobre a substância e por isso mesmo sentimos o barulho do vento ser bem mais convicente do que qualquer diálogo das personagens principais. Numa fábula apocalíptica contextualizada nos problemas actuais do planeta que um dia já pertenceu à Mãe-Natureza, “O Acontecimento” vale apenas pela força da sua mensagem e pela singularidade da sua realização. A claustrofobia do desconhecido dotava a premissa de um potencial enorme, mas a narrativa caminha sempre a passos largos para a banalidade de um qualquer argumento de série B. O elenco é pessimamente mal escolhido – ou mal dirigido – e a falta de um twist poderoso, tão típico do jovem realizador, desilude todos aqueles que assistem ao filme sobre o seu estigma. Em suma, fica a importante metáfora ecológica, mas perde-se para sempre aquela que poderia ter sido uma das histórias de amor mais complexas e completas dos últimos anos.

segunda-feira, julho 14, 2008

Actualização de Listagens

Como alguns de vós já devem ter reparado, as listagens de blogues do Cinema Notebook estão consideravelmente desactualizadas. Deste modo, deixo o espaço de comentários aberto para sugestões de blogues de cinema - e de outros conteúdos - que fazem falta aqui na barra lateral direita. Conto assim com a vossa ajuda enquanto trato de apagar da lista todos os blogues que não foram actualizados nos últimos dois meses.

domingo, julho 13, 2008

Hitchcock por Scorsese

De ver e chorar por mais.

sábado, julho 12, 2008

Take 5 - Edição Extra

A crueldade de Joker chegou a Portugal: a capa da edição extra de Julho da Take foi vandalizada pelo inimigo maior do Cavaleiro das Trevas. No entanto, a redacção estava preparada e num contra-golpe perfeito, aproveitou uma das gargalhadas do vilão da década para disponibilizar todas as edições anteriores em PDF e melhorar o carregamento do site. De resto, e tal como havia sido anunciado, este é um número especial, consideravelmente menor do que os seus antecessores - mas de igual qualidade -, que visa não só premiar os nossos leitores com mais leituras cinematográficas neste quente Verão, mas também evitar que a edição de Agosto atinja as quinhentas páginas. E assim, oferecemos ao filme do ano, que está aí mesmo a chegar, a atenção que merece. É só clicar aqui!

sexta-feira, julho 11, 2008

O prémio para o CN, os 500 € para... vocês.

Já muitos devem ter visto por aí campanhas impiedosas de voto relacionados com o Super Blog Awards. Todos querem, legitimamente, aqueles quinhentos euros para rechear as prateleiras de casa com produtos Worten, às custas dos seus leitores. Ora bem, é aqui que eu entro: sempre afirmei que este blogue era mais dos seus leitores do que propriamente meu e chegou a hora de o provar: se o Cinema Notebook ganhar o prémio graças aos votos dos seus visitantes, os 500€ são vossos e não meus.

Assim, caso tal aconteça, irei organizar uma série de passatempos no blogue para distribuir prémios que irão totalizar o valor total do cheque Worten. Para que ninguém desconfie desta iniciativa, e porque não quero mesmo um único cêntimo destes quinhentos euros, tudo será facturado e apresentado em anexo. Entre filmes e séries de televisão, vai haver muita gente feliz a ler o Cinema Notebook: é tempo de aplicar a "Taxa Robin dos Bosques" não só às petrolíferas, mas também à blogosfera. Distribuir a prosperidade entre todos.

Por isso mesmo, toca a votar. Basta registar-se como utilizador no site da Super Bock (demora apenas alguns segundos), seleccionar a categoria "Cultura, Arte e Entretenimento", procurar o "Cinema Notebook" e... votar. Votar no Cinema Notebook, votar em si mesmo. Depois dos prémios do Passatempo de Verão de 2007 e do Passatempo de Natal de 2006, está na altura de voltar a brindar os leitores fantásticos deste estaminé. Com mais e melhor. Porque vocês merecem.

quinta-feira, julho 10, 2008

Californication (ainda) mais polémica


Jornal de Notícias - 10 de Julho de 2008

terça-feira, julho 08, 2008

Cartazes de Saul Bass


Saul Bass é uma lenda do cinema. Apesar de ter desempenhado funções de realizador e produtor em algumas modestas obras cinematográficas dos anos sessenta e setenta, foi enquanto responsável pelo departamento de Arte de vários filmes - "Psycho", "Alien", "North by Northwest", "Vertigo", "Spartacus" e "Goodfellas", apenas para citar alguns - que deixou um legado que jamais será subestimado. Com um estilo invulgar e inovador, muito característico e facilmente identificável*, foi o autor de alguns dos mais geniais cartazes da história da Sétima Arte. Agora, os irmãos Coen fazem a devida homenagem a Bass, falecido em meados dos anos noventa, com o cartaz de lançamento de "Burn After Reading". É caso para dizer que começa bem esta nova caminhada para as estatuetas douradas.* Momento Gabriel Alves.

segunda-feira, julho 07, 2008

Cartazes - Ace Ventura 3

domingo, julho 06, 2008

10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Junho de 2008


"The Incredible Hulk" parece não ter deslumbrado, mas também não desiludiu ninguém por aí além. Por outro lado, "Speed Racer" foi apupado um pouco por lado o lado e consegue trazer à nossa tabela algo raro: uma pontuação nula. "The Happening", o muito aguardado regresso do indiano Shyamalan, está muito bem filmado, mas a nível narrativo é uma desgraça autêntica, que arrasa com uma premissa brilhante. Resta saber qual o vosso filme favorito do genial Christoper Nolan.

sábado, julho 05, 2008

El Orfanato (2007)

Laura - a sensacional actriz espanhola Belén Rueda, que já recentemente havia brilhado em “Mar Adentro” – passou grande parte da sua infância num gigantesco mas acolhedor orfanato. Três décadas mais tarde, regressa com o seu marido e com o jovem filho adoptado seropositivo do casal ao mesmo local onde viveu os seus momentos mais felizes e compra a agora velha e abandonada mansão, sonhando construir ali a sua própria casa, bem como um lar de apoio a crianças com necessidades especiais. Mas em poucos dias, a alegria de um sonho que está prestes a concretizar-se é substituída pelo pânico de um filho desaparecido, num suposto rapto sem explicação lógica que, por isso mesmo, toma contornos misteriosos e fantasmagóricos.

Com “El Orfanato”, o estreante realizador catalão Juan Antonio Bayona deixa no espectador uma marca de idoneidade inegável, que o atira de imediato para o escalão de “nome a seguir com muita atenção nos próximos anos”. Com claras influências directoriais do chileno Alejandro Amenábar e, mais propriamente, do seu “The Others”, a película de Bayona é audaz, meticulosamente eficaz no que concerne aos momentos de suspense e não entra nunca por caminhos fáceis mas previsíveis de sobressaltos repentinos. Da luminosidade aos ângulos de filmagem, passando pela cuidada sonoplastia, Bayona prova que é mais do que um simples tarefeiro competente sobre as ordens do mexicano Guillermo del Toro – que produziu e lançou o filme no mercado norte-americano -, orquestrando uma obra que acaba por ser mais inteligente na sua execução do que no seu desenvolvimento narrativo. Em “O Orfanato”, não há elementos ficcionais nunca antes vistos: apenas uma hábil utilização do que, normalmente, é transformado em demência noutras indústrias cinematográficas.

Assim, assustar a audiência não é, de longe, o único objectivo de “El Orfanato” – apesar de este o conseguir por variadas vezes ao longo das quase duas horas de fita. Ao contrário do que é costume no género, Bayona dá mais importância à angústia de uma mãe desesperada do que aos fantasmas que a ameaçam. Por isso, as suas prioridades surpreendem e convencem todos aqueles que, mais do que uma carnificina inócua instantânea, procuravam um filme enigmático e obscuro. Deste modo, podemos considerar que estruturalmente o filme é bastante sólido e, tal como o já referido “The Others”, sabe sempre sugerir mais do que aquilo que realmente relata, permitindo assim um desfecho excelso e inesperado que implora ao espectador por um encadeamento de juízos e pequenas pistas que, mais cedo, pareceram ser insignificantes.

Em suma, “O Orfanato” ressuscita um género que ainda não foi devidamente explorado para merecer ou justificar uma denominação genérica. Depois de “O Sexto Sentido” do indiano M. Night Shyamalan e de “The Others – Os Outros” de Amenábar, o trabalho de Bayona seis anos mais tarde encaixa novamente num estilo que se apresenta como de terror, mas que não o é: os espectadores são pura e simplesmente presenteados com estímulos descritivos que os levam a construir na sua própria mente uma hipótese terrivelmente assustadora, sem que para isso tenha sido necessário espetar com um monstro de faca em punho e dois metros de altura escondido na despensa da cozinha. Depois? Depois basta somar o desempenho notável de Belén Rueda enquanto mãe desesperada, mulher céptica e heroína destemida e esperar que o mundo não fique, uma vez mais, a aguardar por uma reinvenção norte-americana da película espanhola para colocar os olhos na história de Sergio Sánchez. É que quando miúdos de palmo e meio conseguem intimidar uma plateia inteira, temos a certeza que é esta a versão que queremos desfrutar.

sexta-feira, julho 04, 2008

Desafio: Que série queriam no cinema?


O muito estimado Alvy, entre outros, lançou a notícia: os nossos amigos Ross, Chandler, Joey, Monica, Phoebe e Rachel poderiam estar de regresso. Eu desconfiei de imediato, não tivessem alguns dos actores proferido recentemente declarações que afundavam por completo com qualquer intenção de o fazer. Hoje, tanto a Warner Brothers como um representante de Matthew Perry negaram de forma oficial os rumores e desmentiram por completo uma possível adaptação cinemtográfica. O desafio que se impõe é o seguinte: depois de "The X-Files", "Mission: Impossible", "Get Smart", "Sex and the City" e tantas outras, que série televisiva gostariam de ver adaptada num futuro próximo?

quarta-feira, julho 02, 2008

Acorda Lisboa


Na próxima Sexta-Feira, dia 4 de Julho, o Movimento Acorda Lisboa (MAL) irá realizar uma sessão Cinelençol na Alameda D. Afonso Henriques, junto à Fonte Luminosa. O filme exibido... num lençol será a versão original do agora estreado nos cinemas nacionais "Funny Games" (1997), de Michael Haneke, bem como algumas curtas metragens internacionais que fizeram furor recentemente. O timing é perfeito... e a entrada é livre. Fica a sugestão.

Nota de Redacção: Corrigido o local do evento.

terça-feira, julho 01, 2008

Sherlock Holmes por... Ferrell e Cohen?

"Columbia Pictures has set an untitled comedy that will star Sacha Baron Cohen as master detective Sherlock Holmes and Will Ferrell as Watson, his crime-solving partner, reports Variety. The comedy is inspired by Arthur Conan Doyle’s Sherlock Holmes tales. The Columbia project reteams Baron Cohen and Ferrell, who played rival racecar drivers in Columbia’s 2006 hit comedy “Talladega Nights,” which Apatow and Miller also produced." [F]

Serei o único a pensar que este é, com pouca margem de manobra, um projecto desnecessário, inconveniente e grosseiro, que irá arrasar por completo com a fascinação metódica que a personagem de Arthur Conan Doyle, o mais reconhecido de todos os detectives, sempre transmitiu? Será que vale mesmo tudo para ganhar uns trocos?