sexta-feira, junho 17, 2005

Code 46 (2003)

Tim Robbins e Samantha Morton foram os actores escolhidos para o mais recente filme de Michael Winterbottom, "Code 46". Até aí, tudo bem. Escrito por Frank Cottrell Boyce, "Code 46", é uma película passada num futuro indeterminado, e mostra um relacionamento amoroso entre os dois actores. Essa relação é, porém, abalada quando a policia afirma que a personagem interpretada por Morten é um clone da mãe de Robbins. E o que poderia suscitar o interesse do espectador acaba logo aí, na escolha dos actores e na sinopse, que é bastante prometedora. O seu toque de Lost In Translation tirou logo todo o interesse que tinha neste filme. Como Anti-LIT que sou e sempre serei, fiquei despedaçado ao ver que este Code 46 não passava de uma sequela futuristíca do filme que afirmou Soffia Copolla no estrelato de Hollywood. Já vos disse que odiei a pseudo-inteligência de Lost in Translation? Arghhh, até me dá arrepios falar disso.

As performances de Tim Robbins e Samantha Morton são aceitáveis, é verdade, mas a química entre ambos é nula. Desde Matrix e o seu casal maravilha (Keanu Reeves e Carrie Anne Moss) que não ficava tão desapaixonado por uma relação virtual cinematográfica. Tirando isso e o seu toque pseudo-culto de LIT, já anteriormente referido, e o filme até têm uma componente futurística e humana que nos deixa a pensar se o futuro não será mesmo assim, escuro, desumano e artificial. A banda sonora suave encaixa bem no filme, que é lento e parece nunca mais acabar. O final é aceitável e acaba por dar um pouco de oxigénio a uns pulmões já completamente absorvidos de água salgada. Sim, porque nem todos devem ter chegado ao fim do filme. Como tal, não perdem nada se virem os primeiros 5 minutos para terem noção do significado do "Código 46", e passarem logo para os últimos dez, onde vemos um plano forte do genital de Samantha Morton (devem-lhe ter pago pouco devem) e um final simpático de uma história insonsa de amor.

1 comentário:

Anónimo disse...

O último parágrafo "...passarem logo para os últimos dez, onde vemos um plano forte do genital de Samantha Morton" tira a sensibilidade crítica do comentário. Gostaria que o Brasil tivesse a capacidade crítica que, para não ir longe, EUA possui. Compare com os comentários do IMDB em http://www.imdb.com/title/tt0345061/#comment . Lá existem críticas e elogios, porém com grande sensibilidade. O comentário de "BornJaded (BornJaded@aol.com) from United States" e de "aw-20 from Birmingham, UK" possui alto teor de sensibilidade, deixando nós comentaristas brasileiros no chão, nesta oportunidade. Fica a lição para mim!

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